sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vai pro livro :Who You Are


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EUA ' Los Angeles' 7:40 da noite

Ela suspirou. A sala estava em completo silêncio. Só existia uma garota e sua, muito produzida, imagem refletida em um espelho redondo a sua frente. A luzes que piscavam na parede, as suas costas, deixavam sua expressão sombria.
   O celular em cima da penteadeira indicava vinte para as oito. Revirou os olhos, entediada. Apoio a cabeça na mão esqueda, a outra mão, de unhas muito bem feitas e muito rosas para o seu gosto, brincava com um dos muitos pincéis de maquiagem a sua frente. O celular vibrou, mas a garota nem se mexeu. Estava cansada das vozes dizendo a ela o que deveria fazer.

Um dia antes

Era  aniversário de uma amiga e ela corria entre os carros para chegar a tempo. Todos os sinais estavam fechados . "Droga" exclamou, bozinando o máximo possível para saissem do seu caminho.

" A garota pontual chegou " uma voz de homem berrou de dentro da casinha de janelas azuis, quando ela abraçou a amiga aniversariante " Me desculpe o atraso Laura" sussurrou.
Laura olhou-a nos olhos.
" Tá tudo bem com voce, Bel ?"
"Uhum" respondeu, acenando a cabeça. Não gostava de preocupar os amigos com os problemas de sua carreira artística.
" To preocupada com você, menina." Laura pegou um dos cachos do cabelo da amiga, que riu.
"Mas eu tô ótima. Vamo, vamo que o trânsito me deu fome"
Dez braços a abraçaram de uma vez quando entrou na sala.Sua respiração não estava mais acelerada, ela nem se lembrava das pílulas dentro da bolsa. O cheiro de pão de queijo no forno da cozinha. O álcool em cima da mesa e aquela mistura de perfumes de flores e madeira. Isabel estava em casa. Ninguém iria lhe pedir autógrafos, nem competir por atenção com ela, ou reparar em seus cabelos desgrenhados.

20 horas antes

"Cadê você, Isabel ?" Resolvera atender o telefone depois de tê-lo deixado tocando por dez minutos no banco do passageiro, mas já tinha se arrependido.
"Tô no carro, não posso falar agora" mas antes que conseguisse desligar a voz gritou " Você precisa vim pra cá" sua cabeça girava com a bebida .
" E nós temos um problema" a voz suspirou, parecia impaciente " Ou você vem agora, Isabel, ou nao tem perfume da senhorita nenhum amanhã" e desligou.
A garota ficou olhando a rua molhada a sua frente. Já estava cansada de tanta gente a incomodando com assuntos que não eram da sua conta. E daí que o vestido tinha rasgado, o esmalte saído e o sapato precisasse ser limpo. Era atriz e não estilista.
O carro de trás buzinou e ela virou a esquina. O dia mau tinha começa, mas era como lhe diziam " Foi você quem escolheu viver o trabalho".

12 horas antes

"Milhões de pessoas gritavam do lado de fora enquanto o carro preto passava pelas ruas de NOva Iorque. Mas Isabel não estava olhando pela janela. Tinha acordado cedo demais para pegar  o avião e mau tinha tido tempo de almoçar enquanto três pessoas penteavam seus cabelos, pintavam seu rosto e vestiam-na com um pano azul claro, que na sua opiniãoo deixavam-a com cara de doente.
"Como tá em NY? dizia a SMS do amigo.
"NY ? Isso aqui tá mais pra manicômio." ela digitou rindo.
O carro parou. "Cinco minutos" a agente gritara do banco da frente.
A garota revirou os olhos de digitou " Preciso ir."
"Boa sorte."
Então, ela estava sozinha. Uma vontade desesperadora de fungir tomou conta dela, mas sua porta já tinha sido aberta; e uma mao se estendia na sua direção. Muita gente gritava quando saiu do carro. Muitos flashes, muitos microfones, muitos cartazes, muita luz, muita gente, muito flashe, muitas perguntas, muito barulho, muita gente ..... Sentia-se zonza e seu estômago doía. "Você quem escolheu viver o trabalho" a frase se repetia enquanto passava pelo tapete laranja, fazendo ela esquecer o que precisava falar.
"Sorria Isabel" uma voz susurrou e ela o fez, sem pensar. E acenou e fez pose e deu entrevistas e assinou. Na sua imaginação estava comendo o bolo de chocolate da mãe. Talvez ela devesse se aposentar esse ano. Talvez ela estivesse cansada de mais de ser obrigada a sorrir o tempo todo.

Los Angeles, 7:50 da noite

"Nova mensagem" seu celular piscava do seu lado. " MInha irmã acabou de comprar seu perfume" ela leu. Nao pôde conter um sorriso. A amiga deveria estar em casa agora, se preparando para uma noite de pizza.
"Que coisa mais estranha" digitou.
"Eu disse para ela que não valia a pena" Isabel riu com a resposta da amiga. Não andava rindo com frequência.
"Vem Isabel, tá na hora" uma mulher com um fone na cabeça e um caderno na mão surgiu na porta.
Milhões de pensamentos vinham a tona enquanto percorria os corredores do estúdio. "A propaganda para a Elséve que tinha feito ao lado de seu ídolo. O show num bar restaurante com os amigos na cidade onde nasceu. A prova da faculdade para a qual tinha que estudar mais tarde. A briga final com o ex namorado. Ela e o melhor amigo fazendo graça para a câmera, no seu jantar de despedida 3 meses atrás e como sentia falta da visão ao vivo daqueles cachos negros."
Ela deveria dizer que não faria mais filmes. Poderia se tornar política ou abrir um restaurante. Talvez devesse fazeer daquela, sua última entrevista. " A casa dos pais do outro lado do continente, e o aniversário de dois anos da prima" Seus olhos se encheram de esperança e brilharam com a possibilidade.

 " ISABEL, a maior atriz da nova geração" podia ouvir a fala forte da apresentadora e os gritos da platéia do outro lado da parede .
" Estava em um set de filmagens vestida como uma garota dos anos 80. Seus colegas de cena fazia graça no meio do salao e uma enorme bola de discoteca brilhava no teto. Recebia instruções do diretor. Alguém colocou a mão em seu ombro e lhe disse o quanto estava em sua melhor forma na atuação. "
"Tá tudo bem Bel?" a agente  tinha uma expressão preocupada no rosto. Isabel sorriu.Ela podia ver a platéia do outro lado da cortina entreaberta.
" Sua vez" um moço acenou com a cabeça para que entrasse.
O coração acelerado e as pernas trêmulas, de repente, pararam. Estava finalmente, na frente da platéia. A apresentadora lhe sorria com uma mão esticada na sua direção.

Talvez nao fosse a hora de se mudar para uma kinet e abrir um restaurante no centro de Londres. O medo de ser esquecida, a possibilidade de nãoo poder viver tantas vidas, a invadiram. Talvez esse nao fosse o momento para desistir de tudo. Nãoo.. não, os problemas seriam resolvidos, as férias estavam chegando.

Então, Isabel vestiu seu melhor sorriso e acenou para os fãs, pensando que talvez, mas só talvez, pudesse tentar se despedir no futuro.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Na cozinha : inspirações para o natal

Eu sei que ainda falta um pouco para o natal e que até lá eu ainda tenho um grande caminho pela frente estudando para possíveis segundas fases de vestibulares. MAAAs, eu sou uma pessoa apressada e como eu amo cozinhar, resolvi começar já o natal. E nada melhor do que a comida do natal né. Eu andei procurando na internet algumas inspirações para os docinhos desse ano, pra eu já poder ir testando minha gastronomia nos finais de semana .


















Qual seu enfeite favorito ? Eu acheu super criativo os papais noeis com morango e glace e o veadinho em cima do cup cake *-* . Tá tudo mundo ai preparado para os panetones, perus de natal e o melhor de tudo ... pro verão ? haha 


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vai pro livro :A infância, a mala, por fim a briga





Eu me lembro de quando tinha 6 anos e vivia repetindo para quem quisesse ouvir, que eu amava a escola onde eu estava, que eu nunca me mudaria dali, só sairia com 40 anos de lá. Quanta inocencia. Que prova cruel da capacidade que as pessoas tem de arruinarem as vidas umas das outras.

As brigas infantis foram se tornando sérias e duradouras. Era quase impossível conter o choro de cirança acuatada, quando chegava o recreio. A horta da escola foi se tornando um refúgio e os empregados viraram todos grandes amigos. Como crianças sao cruéis, a ponto de te acusarem de roubo e brincarem com um problema grave na família. Expondo pra todo mundo os seus defeitos, como se voce já nao os conhecesse.
As brincadeiras se tornaram constantes e invadiram até mesmo o lugar onde eu morava. Parecia que aquelas coisas ruins me espreitavam a cada esquina, a cada comodo. O mundo nao queria me deixar em paz. Ai eu decidi sair daquele lugar. Me livrar de tudo, mudando de vida. Agora, existia uma mancha preta marcando a infancia perfeita e simples.

Eu inspirei fundo, contando até dez e fazendo esforço para que meu coraçao parece de bater tao rápido. Estava a ponto de bater na velha gorda que estava a minha frente. A diretora da escola estava ficando vermelha de raiva e ela cuspia quando falava. Alguma coisa sobre o nome da instituiçao ou sobre como nossos pais saberiam daquilo, como tinhamos desapontado todo mundo. Revirei os olhos, era melhor do que mandar ela se fuder de uma vez.

" Essa menina é louca. Isso aqui nao é lugar pra selvagem " A garota do meu lado berrou, apontando um dedo para mim.

" Lugar de puta também nao é na escola" eu disse, calmamente, sem olha-la.

"CATARINAAA!" a diretora berrou, balançando o papo e me fazendo querer rir " JÁ CHEGA, VOCES DUAS, VOCES ESTAO SUSPENSAS"

Lara, a garota que estava do meu lado, me lançou um olhar raivoso. Apenas sorri.

" Voce deveria ter ficado na sua roça, a gente te avisou" ela disse, baixinho, quando
a diretora nos deu as costas para atender um telefonema.

" É melhor ficar na sua, nao vai ser só o nariz que eu vou quebrar da próxima vez" foi a minha vez de ameaçar, com um sorriso no rosto eu sai da sala. Mas eu nao voltei para a aula de matemática que eu deveria estar assistir. Eu odiava aquela professora, a que mais incitavas os outros alunos contra mim. Só que nela eu nao podia bater. Eu olhei em volta para ver se ninguém estava me observando e desci para o banheiro. Quando eu tranquei a porta da última cabine, eu desabei.

O fato é que eu só tinha me dado mau desde que mudara de escola. Todo mundo tinha me dito que seria bom pra mim, novos ares, gente nova. Mas essa gente nova nao ia com a minha cara. Quando eu pisei na sala pela primeira vez, todo mundo ficou me  olhando, e na hora do recreio ( ops, intervalo), quando descobriram que eu falava pouco, resolveram me deixar de lado.

Aí vieram as brincadeiras, de novo. OLha a "olho torto", "lá vem a lesada", " olha a da roça","tadinha, ela veio de uma escola pequena, por isso é burrinha desse jeito" . Nao me julgue por nao ter feito nada, eu tinha só 11 anos. Meus pais estavam preocupados demais colocando comida em casa pra ficar apartando meus desentendimentos  na escola. Eu fiquei calada.

Nos anos seguintes a coisa só piorou. Me sombavam  mas ninguém nunca teve coragem suficiente pra vir conversar comigo, e saber como eu realmente era. Agora, pensando bem, eu tenho certeza que ninguém fez isso porque sabia que teriam que morder suas línguas, sabiam que eu era melhor que tudo aquilo, que todas elas.

Ok, crianças sao malvadas, adolescentes também, mas, será que ninguém era decente o suficiente para parar com isso ? Eu arranjei vários amigos quando fui para o ensino médio, mas NENHUM deles foi capaz de impedir que 30 pessoas me apontassem o dedo e dissessem " voce é a pessoa mais estranha e odiada da sala", grandes amigos.
Alguém se trancou na porta ao lado e eu dei um pulo com o susto. Eu me sentei na tampa da privada e abracei meus joelhos. Essa vida tava uma merda.

" Catarina ?" Eu congelei. Se descobrissem que eu estava matando aula era mais um motivo para brigarem comigo. " Catarina , é a Letícia, só vim te ajudar"

Eu abri a porta calmamente e lá estava Letícia, encostada na pia, com uma caixinha de primeiros socorros na mao.

" Sua cara tá horrivel, vem limpar todo esse sangue" . Eu olhei para o espelho e me deparei com um rosto coberto em sangue e lágrimas. Nao tinha me dado conta do rasgo na testa que Lara tinha me feito. Apenas me sentei na pia e deixei que Letícia cuidasse de tudo. Eu estava completamente oniciente quando ela começou a falar. Só prestei atençao as primeiras frases " Essas garotas, cutucam o tempo todo e quando tem o que mereçem, ficam chorando pelos cantos ..." Ela estava me defendendo ?

ps.: parte II
parte III

NÃO É INSPIRADO NA MINHA VIDA ,A I MEU DEUS HAHA

Vai pro livro :A infância, a mala, por fim a briga II


A ordem da minha mente era, ignore essas pessoas e continue a se  concentrar no que estava fazendo.  Uma vez, duas, tres .... nada a declarar, o tratamento carinhoso de toda a sala continuava por todos os lados. Mas hoje demanha tinha sido diferente. Voce pode falar de mim, mas , meu amigo, nao tente encostar. A maior parte do motivo da briga eu tinha deletado da minha cabeça. Pouca coisa fazia sentido. Alguns flashes de gente rindo enquanto eu passava e alguns dedos gorduchos apontando na minha direçao. 

A verdade é que de repente o sangue ferveu. Eu nao ia deixar as coisas da quarta série se repitirem. Eu entrei na sala e  peguei as primeiras mochilas que vi na minha frente e , sob os olhares assustados de todos, joguei tudo pela janela dos fundos. Alguém começou a berrar atras de mim e uma voz de garoto disse que eu era uma tonta. É claro que eu sabia que ia ter retaliaçao, só nao imaginava o que me esperava quando eu virei o corpo para encarar o resto dos colegas. Foi quando Lara veio  na minha direçao. Com aquela conversinha de mulherzinha, tentando pegar meus cabelos, berrando, agindo feito uma perua histérica. Só que pra infelicidade dela eu já tinha feito dois anos de jiu jitsu. Eu agarrei as maos dela, tentando deixa-las afastadas do meu corpo. Mas ai eu me lembrei de tudo. Como essa garota riu da minha cara durante todos esses anos, e tentou de tudo para me rebaixar mesmo quando eu estava levando vantagem na situaçao. 

Eu tinha ficado quieta tempo demais. Minha psicóloga tinha me dito para nao guardar mágoas, resolver as coisas. Eu tenho certeza que o resolver dela nao seria dessa maneira, tarde demais para moral e ética. Minha mao já estava na cara de Lara. Foi tudo rápido demais. As pessoas começaram a berrar ao nosso redor e eu senti uma ardencia na testa. Os anéis dela tinham me cortado e eu ainda nao tinha deixado nenhum roxo na sua cara. Eu nao sei como aconteceu. Senti meus joelhos baterem no chao frio e suas maos tentarem arranhar qualquer vestígio de pele possível. Eu a prendi no chao,  exatamente como tinha aprendido. Nossos cabelos estavam desgrenhados e ela estava berrando coisas ininteligíveis para mim . Foi ai que eu notei que só tinham garotas na sala. Nenhuma queria se arriscar para apartar a briga. Eu dei o primeiro soco, nem sei o que eu acertei. Mas logo em seguida, eu senti um murro pegar debaixo do meu olho direito. É claro que eu nao pensei. Acho ironico quando as pessoas perguntam " O QUE VOCE TAVA PENSANDO NA HORA ?" Nada, uai. Eu só mirei e acertei outo soco bem no olho dela.

 Quando estava prestes a sentar outro soco naquela cara, duas maos seguraram meus braços para trás e me levantaram do chao. " VOCES DUAS SAO DOIDAS ?" " LEVANTA A LARA" " CARACA A CATARINA TA SANGRANDO" duas vozes masculinas berravam, desesperados. Eu olhei ao redor, com a visao meio embaçada e vi duas maos pequenas vindo na minha dirençao. " FICA NA TUA, PORRA LARA, TA QUERENDO SER EXPULSA DAQUI ?" O garoto que me segurava berrou, bem do lado do meu ouvido direito, eu senti meu tímpano incomodado com aquele barulho. 

" O que que voce tava pensando cara ?" Eu só conseguia pensar numa coisa. O garoto que segurava nao era exatamente meu amigo. Meus amigos estavam encolhidos em um canto da parede. Thaís, a que tinha me ajudado na aula, também estava um pouco descabelada. Agora eu sei que ela tentou me defender, quando  uma amiga da Lara veio pra cima de mim . Precisava me lembrar de agradece-la depois.



NÃO É INSPIRADO NA MINHA VIDA ,A I MEU DEUS HAHA


Vai pro livro :A infância, a mala, por fim a briga III


PPPPPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.... O sinal para o final das aulas tocou, me acordando dos devaneios. Letícia ainda estava na minha frente, falando e falando. Ela fez eu esperar alguns minutos até a escola estar vazia para que eu voltasse e buscasse minhas coisas na sala. Meus país estavam me esperando na entrada da escola. A diretora balançava sua pança enquanto falava atonita, com eles. É claro que eu levaria uma bronca, mas e daí. É como dizem por aí " liguei o foda-se".

 Eu voltei as aulas quatro dias depois, ninguém mais tentou brigar comigo. Eu tinha trincado o nariz da Lara, que estava roxo e enorme. Mas o meu olho também estava roxo e eu tinha um corte enorme na testa, ou seja, a coisa toda nem foi tao engraçada assim. 

Mas porque eu estou dizendo isso mesmo ? Ah, sim . Eu nunca cheguei a agradecer o garoto que me tirou da briga. A gente ia para a escola juntos todos os dias, mas eu já tinha me esquecido totalmente daquele detalhe. Hoje, um ano e meio depois do acontecido, eu me lembrei de agradecer. Nao só pelo dia da briga, mas por ter sido uma das pouquíssimas pessoas que teve coragem de conversar comigo e saber como eu era de verdade. Eu nunca cheguei a agradecer a ele por ter demonstrado ser uma pessoa de caráter. Em um dia desse ano, que eu nao me lembro bem qual era, estavamos saíndo de uma reuniao importante sobre a política da cidade quando ele me disse " Eu acredito em voce. Eu acho que nunca deveriam ter batido em uma garota de aitute, nunca deveriam ter batido em voce ''.

Eu me lembrei de tudo o que já me fizeram, de como as amigas dele me apontavam o dedo. Nao conseguia entender porque ele tinha dito aquilo. OLhei bem para a sua cara, tentando ver se seus olhos estavam fazendo algum tipo de brincadeira comigo. Mas eles eram tao verdadeiros quanto suas palavras, quanto sua pessoa.  Eu apenas sorri, eu sei que deveria ter dito mais, mas  minah cabeça estava girando. Eu nunca conheci muita gente de bom caráter, nao adolescentes, gente da minha idade. Sempre me deparei com cada um . Mas naquele momento, uma pessoa de caráter quase invejável estava me dizendo que eu tinha atitude, que eu era culta. De repente eu me sentia livre de todos aqueles anos de tortura na escola. Alguém tinha percebido que eu era melhor do que aquilo. É.... a gente passa por cada coisa antes de descobrir o nosso valor no mundo.

ps.: Me desculpem pelo tamanho do texto :S


NÃO É INSPIRADO NA MINHA VIDA ,A I MEU DEUS HAHA

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A boa amiga




Eu não tenho sido uma boa amiga. Não sei ao certo se um dia o fui, mas tenho certeza de como sou agora. Mão tenho ligado para perguntar sobre a vida, nem tenho me preocupado com datas. Deixei de fazer esforço para estar sempre lá e aqui.

O cansaço tomou conta de minha mente e eu não respiro mais toda aquela nossa antiga alegria. Só peço que  me perdoem, tudo anda meio embaçado e os caminhos se fazem infinitos.

Não é falta de amor ou amizade. É o ânimo que se perdeu e deixou o desespero tomar conta.
Eu não tenho sido uma boa amiga. Mas me parece que eu não deveria ter sido a única pessoa a chegar a esta conclusão.



sábado, 17 de novembro de 2012

Indicação : LOL

Versao americana.

Eu sei que eu sou a pior blogueira de todas por ter ficado tanto tempo ausente. Mas eu tenho uma explicação. Amanhã tenho prova da Unesp e com esses protestos que eu estou participando, tive que correr contra o tempo essa semana. Mas eu preparei muitos posts pra atualizar o blog, ok ?



Nas férias desse ano eu assisti um filme adolescente frances. Soa meio esquisito, mas , pelo contrário, é muito legal. É aquele filme com a trama normal. Lol  é uma garota de 16 anos que quando volta das férias de verão descobre que foi traída pelo namorado. Mas ( como acontece em todo filme haha mas não na vida real) o melhor amigo do ex-namorado, se torna o melhor amigo dela e  .... é óbvio que eles se apaixonam haha . Só falei cliche até agora, certo ? Então, porque mesmo eu estou escrevendo sobre isso aqui ? .. Ah sim , duas coisas me chamaram a atençao : as paisagens ( Paris ...) e a trilha sonora . Eu sou louca por trilha sonora de filme, deve ser uma das primeiras coisas que reparo em um filme.


Versao Original, França

As músicas que embalam o romance entre Kyle e Lol  são muito bonitas e tem tudo a ver com o filme.
Ele foi gravado pelo cinema Frances originalmente, e no meio do ano saiu nos cinemas a versão americana , com a Miley Cyrus ( que pra dizer a verdade, não é melhor que a original).  Mas vamos as músicas.

Heart on Fire : É a música que o KYle/Mael  canta pra Lol em um dos shows que ele faz ( ele é cantor em uma banda de rock)

 "And I won’t let you go,
Now you know
I’ve been crazy for you all this time"


Little Sister : Que é a minha favorita de TOOODAS. Combian muito com a relação dos dois, de amigos, melhor amigos e depois namorados.

"We used to play
All the games
Where no one's the winner
We used to laugh
And make lies
Some live in better"



Somewhere only we know :  A música das cenas tristes.

"So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin"

The Big Bang : Bem conhecida essa já. 



Resumindo, eu gostei do filme. É claro que você não pode assisti-lo esperando por uma dose de WAW! que filme , mudou minha vida" . É o que eu sempre digo, vocẽ tem que avaliar o filme de acordo com o nível no qual ele se encontra, e pra mim esse é o melhor filme do gÊnero adolescente, que eu já assisti. Porque ele é real, simples. Não tem aquela coisa de " as meninas malvadas e as boazinhas", nem tudo na vida precisa ser rotulado. E se prepare para os adolescente doidos de Paris ( e acredite, aquilo é verdade haha). E ai, gostaram da trilha sonora ? Já assistiram ao filem ? Qualf ilme adolescente que vocês mais gostam ?


ps : a versão francesa e inglesa tem as mesmas músicas :)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Brasil que a gente mereçe



Eu moro em uma cidade de (mais ou menos) 19O mil habitantes em Minas Gerais, que vive uma briga entre a população e o dono da única compania de ônibus que circula pela cidade. Depois de uns 10 anos de abuso no serviço de transporte público, nós, estudantes, decidimos agir e não descansar até acabar com essa palhaçada toda. A mais nova palhaçada, aliás, é o aumento da tarifa para 3,OO reais, sobre o pretesto de que os idosos trazem prejuízo a empresa ( mas é claro que se esqueçeram de que estudante não paga meia nessa cidade.).

Enfim, eu não vim fazer propaganda do movimento, mas , sim, expandir esse ideário protestante.
Nós vivemos em um país ferrado e todo mundo sabe disso. Mas espera aí, que absurdo é esse . Se está tudo estampado na nossa cara o povo deveria sair as ruas, brigar,lutar,  tomar uma providência para colocar pra fora do país todos aqueles que passam por cima dos nossos direitos. Pensando bem, se a gente fosse fazer isso, a população brasileira seria reduzida ( no máximo) a metade. Entre esses apenas 10 % continuaria tentando mudar alguma coisa.

Cruel ? Não, apenas real. Percebe agora o que está aconteçendo com a nossa sociedade ? O brasileiro, simplesmente, não se importa. " Ele rouba mas faz" alguns dizem, é sério isso ? Você tá prestando atenção na besteira sem tamanhao que está dizendo ? Ok, ok, sejamos justos, o brasileiros se importa muito ... em reclamar, o máximo possível. é todo mundo corrupto nesse país, " é tudo muito caro", " Só pensam em carnaval" e isso e aquilo. Mas aí, ele paga pro examinador dar logo uma carteira de motorista pra ele. Cola na prova e fura o sinal vermelho, e desliga a TV quando o jornal vai falar de política, se achando O BOM.

 EI, vamos acordar, por favor ? Quem faz o país é a sua população. Não adianta jogar a culpa no presidente, no deputado, no prefeito . A culpa do Brasil estar mergulha nesse monte de lama podre, meu amigo, é SUA.  O que vocês acham de fazer um exercício " para casa".  Para de falar bobagem um pouco e passa a fazer alguma coisa. Faz a sua parte, poxa. Não deixa a massa de ignorância te levar não. A gente pode ser minoria, mas a minoria já fez a diferença uma vez. Ninguém precisa viver desse jeito, mas isso não depende só da vontade ( ou falta de vontade) de um político. Esse país não é de mais ninguém. Esse país é nosso.


fonte : fotos Giulianne Martins , no protesto da minha cidade. 

sábado, 10 de novembro de 2012

Indicação : The Walking Dead - O Livro


Como eu fiquei muito tempo longe decidi recompensar vocês falando aqui sobre uma das minhas paixões.  Eu sempre gostei de vampiros, bruxas, doendes e companhia (haha ok, eu sei que eles não existem, relaxem). Mas zumbis nunca foi muito minha praia, parecia meio bobo por ele nunca apresentar perigo nenhum se estivesse sozinho. Então, no começo do ano minha irmã começou com uma história de The Walking Dead e isso e aquilo, até que eu e meus pais decidimos assistir. O resultado : minha casafoi TOTALMENTE atingida pelo "vírus" de TWD. E é sobre isso que vim falar hoje;

TWD é uma série lançada , originalmente, em HQs nos EUA. Mas o sucesso da transmissao para a TV foi tão grande que criaram um livro " TWD: A Ascensão do governador".  E WAW! que trabalho. Eu realmente não sei por onde começar a falar do livro. Só um detalhe importante : o governador foi premiado em 2007, pela revista Wizard especializada HQs, como o vilão do ano, ganhando de Coringa e tudo mais.  VocÊ já pode imaginar o que vem pela frente.

Quando as pessoas começan, misteriosasmente, a se transformar em zumbis , Philip pega a filha Penny( de seis anos), os dois amigos de faculdade , Nick e Bobby , e o irmão mais velho , Brian, e decidi fugir em direção a Atlanta ( onde acreditar ter um centro de refugiados).  Só existe um problema, o país inteiro foi tomado por zumbis, que perambulam pelas ruas atentos a aproximação de seres vivos, prontos para devorá-los.  

Mas a história é muito menos sobre zumbis do que se imagina. Em um cenário pós-apocalíptico, Philip e seu grupo terão que lidar com o maior desafio de todos, manter aquilo que os diferencia dos monstros devoradores : a humanidade , paciência, amor, ética, a sanidade mental, a esperança, a piedade. E acreditem, em um mundo  no qual a sobrevivência vem em primeiro lugar , isso é muito, e MUITO difícil.



O governador, interpretado por David Morrissey, na série televisiva. 

A narrativa, é claro, é feita de ação do começo ao fim . Sangue, tiros, mortes, até tortura . Os momentos de calmaria, em que não há confrontos, chegam a ser até, mais pertubadores. O clima beira sempre a loucura. Um personagem pode explodir a qualquer momento. A transformação dos homens em animais ( até mesmo Penny) é vizível, e horrorizante. 

O narrador está sempre nos mostrando o que se passa pelas mentes (quase insanas) dos personagens. O que , muitas vezes, nos leva a entende-los até mesmo em suas decisões mais anti-éticas . Aliás, eles não estão apenas expostos aos perigos dos mortos. Com a contaminação , prisões foram abertas e todo o tipo de gente ( psicopatas, homens de bom coração, pais de família, ladrões e estupradores) se encontra junta, numa mistura de vísceras e nenhum pouco de esperança. E aqui eu encontro a forma mais fácil e cruel de descrever o livro : o mundo está muito mudado, a raça humana está a ponto de acabar, a teoria do caos está em prática por todos os lados e só há uma forma de se manter vivo : deixando de lado aquilo que o caracteriza como ser humano e racional.




Já deu pra perceber que esse livro não é recomendado para qualquer um . E não digo pelas cenas de confronto, mas pela profundidade psicológica da história. O zumbis são só um fundo pra mostrar o que nos leva a chegar a loucura.  As tranformações psicológicas dos personagens ( até mesmo de Penny) chegam a ser perturbadoras.  Decididamente não é um livro para pessoas de estômago fágil e flexibilidade moral e ética fácil.  Aqueles considerados " politicamente corretos" e os muito religiosos, vão provavelmente se sentir MUITO incomodados. 

TWD não é apenas sobre sobrevivênvia,  também fala sobre a fragilidade do ser humanos perante situações enlouquecedoras. Nosso cérebro é uma bomba relógio.  Eu indico MUITO esse livro, ainda amis para os fãs da série TWD. " Mas tenha em mente que esse livro não vai apertar seu coração, mas sim, deixar um buraco enorme nele ". E, tenha um livro bem Meg Cabot ( cor-de-rosa) para ler depois. As chances de você quase virar um zumbi, são grandes.

Boa leitura.

ps > Um pouquinho do livro para você ficar curioso.

" - Nós vamos sobreviver a esse pesadelo, e vamos fazer isso nos transformando em monstros piores que eles, está me entendendo? Agora não existem mais regras! Não existe filosofia, não existe misericórdia, não existe perdão, agora somos nós e eles e tudo o que eles querem fazer é devorar a gente! E por isso nós é que vamos devorar a porra dos zumbis! A gente vai mastigar eles e depois cuspir no chão e nós vamos sobreviver a essa situação, ou então eu vou destruir a droga do mundo! Você entendeu o que eu falei? ENTENDEU O QUE EU FALEI?"



o trecho acima foi tirado do site http://www.liumlivro.com

sábado, 3 de novembro de 2012

Vai pro livro : Aqueles seus olhos-diamantes



"Eu não paro de pensar em você" ele disse. E o cérebro da garota rodopiou e quando entrou no carro para ir embora, seus cabelos castanhos rodopiaram junto. Mas era só o vento.

Seus olhos de fecharam e ela caiu de costas na cama, não sabia se sorria ou se gritava. Decidiu-se por apertar seu rosto contra o cachorro de pelúcia. Ela não sabia nem ao certo como começar a acreditar. "Você é diferente de tudo" a boca dele mexia em sua mente e o sol transformava seus olhos  claros em diamantes. Ela inspirou fundo e sentiu os pelos do ursinho na sua boca.  Muita gente já dissera isso para suas amigas. Mas a garota rara só durava até que encontrassem outra para enganar. Eram todas especiais.

Ela pulou da cama e ficou sentada olhando para os pôsteres na parede. Sentia - se como uma fraca. Era fraca.  Levava a pessoa a sério quando recebia elogios, mas do nada se convencia de que era tudo parte de uma aposta e ia embora. Sem explicar ou olhar para trás.

Deviam achá-la louca. " Você é muito melancólica" o de cabelos encaracolados dissera, completando com um "Que pena" e lhe deu as costas. "Que sorte" ela pensou " Você é um prepotente".

Mas agora os olhos azuis dele ( o que chamou-a de especial) brilhavam a sua frente. Ela queria mas não conseguia se afastar. Precisava saber quanto daquela frase era verdade. Então ela se prendeu ao medo.

"Droga" exclamou. Levara um susto com o repentino toque de seu celular. O nome dele na tela. Prendeu a respiração. Não, a respiração NÃO. Ela não queria se matar. Deixou o telefone tocando . Uma mensagem, duas mensagens ... , não, ela não sabia o que fazer.

"Quantos anos você tem, hein ?" Ele deu um salto. Seus olhos se arregalaram. Ele estava ali, na porta de seu quarto, perplexo.

"Quem deixou .... " e ela não conseguira terminar a frase. Já tinha se afogado nos diamantes.


ps.:alquém ai conhece algum olhos-diamantes ?

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Indicação : The O.C.


Feriado, ENFIM ! Não aguentava mais ter que acordar as seis da manhã e passar a tarde toda estudando, e o melhor, na minha cidad eo feriado vai ser de cinco dias. (Invejem) Hoje demanhã eu estava com uma amiga relembrando coisas que fizeram parte do início da nossa adolescência. E a primeira coisa que veio a mente THE OC. Meu Deus, eu era louca por aquela série. Como eu disse a essa amiga, é sempre divertido ( e fútil) ver gente rica na praia hahaha. E é por isso que estou aqui hoje, dando minah dica de feriado : que tal assistir/rever The O.C. ? A série de maior sucesso no mundo em 2004.

Pra quem nunca ouviu falar The O.C. conta a história de Ryan, um garoto do subúrbio que após aprontar muito é resgatado do rerformatório por Sandy, um adevogado que mora em Orange County. Uma praia de gente rica, meeesmo. O que todo mundo descobre, quando Ryan vai morar em Orange County, é que essas pessoas ricas não são tão perfeitas assim.



Ryan dividira a casa com o filho de Sandy, Seth Cohen. O nerd mais fofo, legal, lindo, simpático, doido e charmoso do mundo da televisão haha Seth é muito quieto, apesar de ter uma mente muito criativa. E ele tme uma paixão platônica por Summer. A popular da escola, fútil, rica e mimada, mas que no mundo tem um coração enorme. Ela é melhor amiga de Marissa, ai vem a parte complicada da série. Marissa vive em uma família conturbada, passa por MUUITA coisa ruim, briga com todo mundo e até vira lésbica .

A série segue bem aquele estilo Vida Americana, e acho que por isso é tão legal, muitas vezes as coisas são realistas ( dentro do possível), essa fase de dúvidas e confusões que é a adolescência.
Eu espero que você se apaixone, ria e se emocione como eu, ao assistir The OC.

E aqui vai um aperitivo : Ryan e Marissa na festa de ano novo, minha cena favoorita ( entre as mil) haha.


Welcome to the O.C. bitch - Luke

E vocÊs já viram The OC, ou tem uma indicação para o feriado ?

Obrigada pelos últimos meses



                         Eu parei ontem no tempo e percebi que apenas três meses se passaram. Me pareceu mais uma eternidade, mas uma eternidade boa. é inacreditável quando me lembro de como me sentia no começo de tudo.  Entrando sempre de cabeça baixa e mau humorada. Até que um simples Oi sorridente e uma curiosidade sincera mudaram tudo.

                              Eu me sentei e ninguém me fez questionários constrangedores sobre meu passado.  Apenas acharam engraçado eu gostar de certas coisas "nerds". E eu imaginei que estava prestes a me sentir em casa.  Nós fomos de conversas bobas sobre festas de formaturas  a criação de governos complexos.  Eu ainda sei o gosto daquele bolo e alguém se lembrou do casamento que eu tinha comentado.
 
                       Noites mau dormidas e estresse valem muito mais a pena quando eu sei que vocês estarão lá no dia seguinte. E antes que acabe eu prefiro falar tudo de uma vez ...
 
                 Aliás, foi um espaço muito curto de tempo, em  um ano meio nebuloso, que significou tanto e que me mudou tanto.

                No final de tudo, eu soltei o ar que nem sabia que segurava e foi quando percebi o quanto as piadas internas me faziam falta.  Daqui alguns anos vão me perguntar sobre 2012, eu terei me esquecido do começo conturbado e os que povoaram os últimos quatro meses, serão a atração principal dos meus devaneios.

Obrigada.