segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Gente que passou em 2O13


Acabei de ler que a prova da  Fuvest é semana que vem e quase surtei. Tenho uma semana para estudar e cinco dias para me despedir dos meus amigos. Essa gente de cursinho sobre quem eu escrevi mês passado. Eu sei, reclamei o ano inteiro que queria ir embora e agora que as malas estão prontas eu estou pedindo só mais uns minutinhos para ficar.

Tem esse garoto que eu conheci esse ano - que sentava do meu lado e olhava sarcasticamente pra mim sempre o professor de química fazia alguma coisa idiota - que disse uma vez que nós eramos a galera mais alternativa da sala, os estranhos. Eu ri daquilo, porque foi a primeira vez que eu não me importei de falarem que eu era estranha. Porque eu provavelmente sou. E todo mundo que eu conheci esse ano também é.

Tinha mais gente. A garota de cabelo roxo, o hipster e a moça das tatuagens. A gente se juntava pra falar mal dos outros. É verdade, era puro recalque porque eles estudavam e iam passar na faculdade e a gente não. E a gente dava o maior apoio moral um pro outro." Pelo menos você não é a única sem futuro" ou "Relaxa, ninguém aqui vai passar". Eu nem ligava de ir para as aulas de noite, porque nesse meio tempo eu ia comer pastel com eles.  Foi um bom ano de estudos.

E a filha da professora que esteve por perto durante anos e só agora apareceu, pra gente descobrir que tinha muito em comum. Ela não era estranha não . Eu ainda nem sei como nós somos amigas. Eu só sei que nós somos e me faz bem. Tem mais duas que são normais e que me diziam para eu tomar cuidados com os tornados da vida. Eu deveria ter escutado vocês. 

Tem ainda uma galera com quem eu fiquei bêbada que dá pra imaginar que eu não me lembro muito bem. Meu instrutor da auto escola que eu tenho certeza que manda benzer o carro todo dia antes de ter aula comigo. O professor de inglês que me dá dicas de marketing. As moças da padaria que toda vez que me veem perguntam como anda a faculdade. O amigo de quem eu gosto muito apesar de dizer que eu reclamo demais dos outros.

Ano passado eu desejei que meu 2O13 tivesse muitas pessoas. E teve. E quanta gente. Acho que foi meu tio quem me disse que quando nós somos jovens, nos esquecemos de que as coisas passam. As pessoas passam, a tristeza passa, até no vestibular a gente passa. Então, tomara que essas pessoas não passem, mesmo as estranhas e bipolares, tomara que elas fiquem mais um pouco. Se tiverem que ir, tudo bem também. Pelo menos elas estiveram aqui por um tempo.

E me conta, quem passou pela sua vida em 2O13?

2 comentários:

  1. Que bom que na sua vida passou tanta gente. Eu nunca desejei que muitas pessoas chegassem na minha vida, nem sei por quê. Na verdade, meio que gosto de ficar sozinha por muito tempo, e eu gosto muito mesmo. Ficar muito tempo só eu, acho que é para aliviar da grande parte do tempo que tem gente ao redor. Toda vez que a gente vai para algum lugar, tem gente ao redor. Isso, às vezes, é bom porque a gente vê outras pessoas e repara naquele modo de se vestir, e naquele cara que parece ser legal, e naquele que parece ser idiota ao cubo; mas chega uma hora que tanta gente cansa, isso porque nem sempre a gente realmente conhece o outro. O mistério das pessoas é legal, mas cansa.
    Acho que 2013 foi o meu ano mais introspectivo, e não consigo pensar em um ano melhor do que ele até agora. A gente deseja um monte de coisas que "farão a vida melhor", só que não existe nada melhor do que se surpreender com o que acontece (mesmo que seja pelo lado ruim, depois a gente enxerga um lado bom no que era ruim).
    Eu conheci um monte de gente da minha família, gente que me fez feliz, muito feliz. Senti uma saudade danada da minha casa quando fiquei por um tempo longe dela (mesmo que, em alguns dias, eu tenha desejado com todas as forças fugir de casa). Em 2013, ganhei a cadela que amo muito, a minha Anita parece que foi uma mulher em outra vida e parece que ela tem consciência disso. E também conheci algumas pessoas no meu curso, pessoas que eu adorei, outras que me fizerem sentir raiva.
    Mas, agora, tudo vai continuar, talvez um pouco diferente. E, é claro, algumas coisas, inevitavelmente, acabaram.
    Marcelle Monteiro

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  2. Fiz cursinho esse ano também, uma loucura né? Parece fácil esse lance de se organizar para estudar e se divertir, mas na pratica não da muito certo, comigo pelo menos não deu. rs
    Muita gente passou pela minha vida esse ano, algumas ainda estão presentes em 2014, outras já não estão mais... E o ano acabou praticamente ontem.

    http://denovomaisumavez.blogspot.com.br/

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