-Vê
se não esquece a prova de terno as quatro, hein? E o jantar na sua
mãe.- Ana não parava de digitar. Conversava com Pedro ao mesmo tempo. A previsão do tempo indicava chuva. Nenhum dos dois pegou a sombrinha. O céu parecia bem azul.
-Tudo
bem. Tchau.- Pegou a bolsa e saiu do carro apressada.
Segundos depois. *Tenha um bom dia.-Ana* Pedro sorriu para a tela do seu celular. Ana subia a escadaria. Grudada no celular. Ele saiu do carro correndo. Deixou tudo aberto. A abraçou quando chegou até ela.
-
Fica mais fácil andar olhando pra frente.- Ele.
-Ei.-
Ela não conseguiu responder. Beijos.- Tá tudo bem?
Ele
balançou a cabeça. - Eu te amo.
E
ela riu. Disse que também o amava. E o mandou de volta para o carro.
Guardou o celular antes de continuar seu caminho.
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*Vem
logo* Ana na cozinha. Pedro no quarto. O celular dela piscando com mensagens da mãe dele. Estavam dez minutos atrasados. Ele não dava sinal de vida. Ela desistiu. Subiu as escadas.
-Pedro!-
Ela parou irritada na porta. Ele levantou a cabeça assustado. A camisa na mão esquerda. Na outra o celular.- Já faz dez minutos
que eu to te chamando.- Ela arrancou o aparelho da mão
dele.
-
Ei, calma. Tô aqui. É que eu recebi um e-mail. - Ela revirou os olhos.
- Faz o favor de colocar essa roupa logo e vambora?
- Ana saiu do quarto.
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Eram
oito da noite. A TV da sala ligada num reallity show qualquer. A família reunida na mesa de jantar. O sobrinho de Pedro, 13 anos, não tirava os olhos de seu celular. Seu prato, intocado.
-
Olha só pra isso, além de falta de educação ainda vai acabar
matando o menino de fome. Ele mau come pra dar tempo de mexer nesse
troço.- A mãe de Matt discutia com a filha. Amy tossiu.
- Tá tudo bem?- Matt colocou a mão no ombro dela. Amy fez que sim. Todo mundo voltou a implicar com o garoto.
- Tô conversando com meu pai.
- Seu pai tá na sala do lado vendo TV, garoto.- A avó, inconformada. O garoto deu de ombros e continuou. O pai chegou. Depois pai e filho saíram pra ver TV. Matt impaciente. Já estava voltando pro celular. Amy tossiu mais algumas vezes. Acabou vomitando no banheiro. Ele ficou do seu lado. Uma parte dele preocupada com ela. A outra com as mensagens do WhatsApp.
PS.: NÃO, NÃO NÃO. Não abandone a segunda parte. Eu sei que você tá achando que é mais um romance mimi, mas gente, eu superei essa frase, JURO, então fica pro próximo e SURPREENDA- SE.
Dona Amanda, amei sua descrição ali do blog. Garota você é 10. E adorei o texto, trata logo de escrever a parte 2 viu? Não tive a impressão de ser um romance mimimi, acredita? Gostei de cara! Quando publicar a parte 2 me avisa? Quero acompanhar, quero sim!
ResponderExcluirNO AGUARDO, RS
ResponderExcluirAi que delicia ler seu texto, me deu saudades da época que eu escrevia fan fic!!
ResponderExcluirUm beijo,
Isabella
The Urban Trends
já que você diz! Então eu aguardo a segunda parte! :)
ResponderExcluirMal notei o romance >.<. Me foquei na parte dos garotos de olho no celular. Lembrei de um vídeo que assisti no youtube sobre o Twitter e a alienação (Jesus pode aparecer, em carne e osso, na frente das pessoas que elas não só não ligarão como vão tweetar sobre isso). Whatzap ainda não entrou na minha lista de aplicativos preferidos (mas é muito útil). Lerei a parte 2.
ResponderExcluirEsperando pela parte dois
ResponderExcluirE você narrou bem, o whatsapp desconcentrou o mundo hahahah ninguém presta atenção em mais nada
http://www.novaperspectiva.com/
As modernidades tomam tanta nossa atenção não? É complicado. Vejo mais pelo notebook, onde trabalho, mas o celular toma um tempo também. Às vezes nem noto. rs
ResponderExcluirBelo conto. Bem atual. hehe
Ansioso pela parte 2.
Beijo!