O amor dos espertos

                        Voce era sorridente e tinha os olhos azuis. Era cavalheiro  e me fazia rir. Voce adorava desafios de matemática e eu achava isso tao ... Eu gostava do seu jeito de me explicar seu mundo. De  me falar sobre seu futuro. De me ajudar com aqueles problemas adolescentes. Seu sotaque engraçado e da sua história. Voce ria das bobagens que eu falava e eu te ajudava na escola. Eu sei que eu  tive uma parte de erro nisso tudo. A gente poderia ter se dado bem por um tempo. Voce desapareceu e eu sabia que iria durar, que voce tinha ido para sempre.
                          Eu te defendia dos meus amigos, quando diziam que isso estava errado. Eu queria te ajudar com seus problemas, eu fazia o maior esforço para nao parece  tao boba perto de voce.
                         Eu deveria ter imaginado o que voce faria em seguida . No dia seguinte voce nao estava mais lá.  Eu ainda nao sei o que aconteceu. Voce tomou a decisão silenciosa de nao deixar que eu me aproximasse, voce nem ao menos me deu tempo para que eu me acostumasse com a cidade sem sua presença. Poucas pessoas tem o caráter necessário para assumir os seus medos e erros.

                      Eu nao soube como ser alguém que voce sentisse falta. Mas eu senti a sua. Das nossas apostas por trufas  e de quando voce me perguntou se quando alguém falasse mal  de voce eu te defenderia. Eu te defendi tanto, eu briguei tanto eu já disse tanto que estavam todos errados. Mas no final das contas, eu nao sei mais se isso é verdade. Eu nem sei mais se tudo o que passou foi verdade. Nem mesmo se eu queria que você tivesse ficado.  Porque no fim tudo isso não representou mais nada. Mas a garota sorridente    aprendeu com o garoto das lentes que  aquilo que os espertos conseguem é tão pequeno e fútil que se torna inválido perto das grandiosidades que o amor de um sábio tem a oferecer.