quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cats naquela tarde ...



Eu tentei passar isso pro próxima dia, pro próximo mes, talvez ano que vem. Mas nao deu, nunca da. Voce ainda é recente demais para passar por cima, assim. E para dizer bem a verdade eu nem sei o que isso tem de tao especial. A gente se rejeitou. Tava ali bem na cara um do outro. Todas as semelhanças, e quantas eram, e como nos fizeram conviver juntos. De que adiantou ? as diferenças acabaram sendo grandes demais para o que estavamos dispostos a oferecer. 
Foi mais ou menos um conto de fadas com final infeliz. Sua prepotẽncia se tornou apenas um olhar mais crítico. Seus julgamentos ficaram mais suaves. Seu sorriso nao era mais tao ironico. Voce até me fez rir. E derepente a gente dividia gostos, canetas, comentários. De repente eu queria falar com voce, de repente eu imaginava se voce estava vendo a mesma coisa que eu. Eu nem sei quando comecou essa urgência de ter você por perto. Eu sei quando ela acabou. E foi da mesma forma que veio, do nada. A gente aceita o silêncio, a distância. Passou. Mas eu ainda quero conversar com voce, porque não ? Aliás, isso tudo foi só para dizer que , ontem a tarde eu ouvi de longe um teatro que me lembrou Cats, e que nao sei porque, me lembrou de você.

2 comentários:

  1. Ué, que aconteceu com o outro texto ? Enfim, esse é muito bonitinho *--*

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  2. Ah que lindo, vocÊ escreve super bem. Vou visitar sempre o blog. Beijão.

    Anna Cláudia

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